Em assembleia que acontece na tarde desta quarta-feira, funcionários grevistas da USP (Universidade de São Paulo) consideraram que a proposta feita hoje pela reitoria da universidade teve pouco avanço. No entanto, a tendência é de que os servidores aceitem o acordo.
Os funcionários não concordam que a proposta sobre o ganho de uma referência na carreira –ou seja, um reajuste de 5% como se todos subissem de cargo– seja discutida na pauta específica, em 5 de julho. No entanto, eles afirmam que irão examinar esse item da proposta durante as negociações da pauta específica.
Na proposta, a reitoria afirmou novamente que garante o pagamento dos salários descontados de cerca de mil grevistas quatro dias após o retorno ao trabalho. A reitoria também diz que não haverá punição decorrente das atividades relacionadas ao movimento de “mera greve”.
Na assembleia, os grevistas se dizem insatisfeitos com a falta do reajuste e com o termo “mera greve” usado pela reitoria na proposta. Segundo os funcionários, o termo pode abrir precedentes para que a USP os processe pela invasão da reitoria.
Leia a íntegra da proposta:
1 Encerrada a paralisação e retomadas as atividades normais da universidade, a reivindicação de concessão de uma referência (5%) na carreira dos servidores técnico-administrativos e demais benefícios, será examinada durante as negociações da pauta específica;
2 O pagamento dos salários descontados correspondentes aos dias não trabalhados em virtude da paralisação, referentes aos meses de maio e junho, será realizado em até quatro dias úteis após o encerramento da paralisação, em folha avulsa, mediante compromisso de reposição do trabalho não realizado, comprovado pelas chefias;
3 – Não haverá punição decorrente das atividades relacionadas ao movimento de mera greve;
4 – As negociações da pauta específica terão início no dia 5 de julho do corrente ano.