O índice de acidentes nas estradas paulistas caiu 10,7% neste feriado de Corpus Christi em comparação ao feriado de 2009. O índice de acidentes (IA) do último feriado foi de 1,20, contra 1,34 em 2009.

O índice de vítimas fatais, nos 22 mil quilômetros de estradas estaduais, registrou queda de 26,6% de 6,9 para 5,07 de uma operação para outra. O índice de vítimas feridas também caiu: de 61,32 para 56,1, de um período para o outro, uma queda de 8,7%. Neste feriado, em números absolutos: foram 1256 acidentes, 53 mortos e 586 feridos.

Para esclarecer melhor, o índice de acidentes (IA) não é o número absoluto de acidentes nas estradas. Ele é calculado levando-se em consideração, além dos dados quantitativos, a extensão das rodovias, o volume diário médio de veículos (VDM) nas estradas e o período analisado. Essa metodologia, que começou a ser discutida no Brasil na década de 1970, é necessária para que haja uma comparação tecnicamente correta, já que há vários fatores que determinam se o final de semana foi mais ou menos violento.

Foram lavradas 19.943 autuações por infrações de trânsito diversas em todo o Estado, sendo apreendidos 893 veículos, 360 carteiras de habilitação e 2.931 outros documentos por irregularidades. Quanto às questões de controle de alcoolemia, foram registrados 73 casos de embriaguez contra 70 de 2009. Já no aspecto da prevenção e repressão criminal, 36 criminosos foram presos em flagrante, dez procurados foram capturados e 13 veículos foram recuperados. A Polícia Rodoviária apreendeu ainda 23 quilos de cocaína e 646 quilos de maconha.

Histórico

Os primeiros estudos para uma metodologia que pudesse efetivamente comparar os resultados de acidentes, baseando-se em quilômetros rodados, veículos em trânsito e acidentes, começaram em 1940 nos Estados Unidos e Europa. Em 1956, os estados americanos de Dakota do Sul, Virgínia e Texas começaram a usar esse tipo de índice.
Internacionalmente, o índice é conhecido como “accident rate method”. Além dos Estados Unidos, outros países como Áustria, Dinamarca, França e Alemanha adotam índices semelhantes. No Brasil, a metodologia começou a ser discutida em 1974. Desde 2005, o Departamento de Estrada e Rodagem vem aprimorando o índice, inclusive com a ampliação e melhoramento dos equipamentos de contagem de veículos, possibilitando a divulgação precisa nos últimos anos.