O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Oren, disse ontem (6) que seu país rejeita a proposta de um inquérito internacional sobre a operação que resultou na morte de nove ativistas e não pedirá desculpas pelo ocorrido da última segunda-feira (31). As informações são da BBC Brasil.
“Rejeitamos uma comissão internacional. Estamos discutindo com o governo Obama uma forma para que a investigação ocorra”, disse Oren. “Israel tem a capacidade e o direito de se autoinvestigar e não de ser investigado por qualquer comissão internacional”, acrescentou.
A proposta de uma investigação envolvendo outros países foi discutida em um telefonema na manhã de ontem entre o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamyn Netanyahu.
A proposta incluiria a participação de representantes dos Estados Unidos, da Turquia e de Israel, que teriam entre suas atribuições repassar informações ao governo da Nova Zelândia.
Orem disse que Israel não deve pedir desculpas à Turquia pela morte dos ativistas – oito turcos e o nono que tinha passaporte americano embora tenha passado parte de sua vida em território turco. “Israel não pedirá perdão por ter tomado as medidas necessárias para defender seus cidadãos e não se desculpará por ter feito o que foi preciso para defender as vidas de nossos soldados”, afirmou.
O governo de Israel diz que seus homens foram agredidos pelos ativistas quando invadiram a embarcação. Os ativistas afirmam que os militares israelenses usaram força desproporcional.
Ontem, foram deportados de Israel sete dos 11 ativistas que chegaram ao país no sábado (5) para tentar embarcar um carregamento de ajuda humanitária à Faixa de Gaza – cuja região é mantida sob embargo pelos israelenses. Em 2007, o governo de Israel estabeleceu o bloqueio ao território palestino depois de o grupo Hamas ter assumido a região.