“Sempre que preciso tirar sangue já aviso as enfermeiras. Vou ficar nervosa e a veia vai sumir”, conta a secretária Andréia Prado, de 39 anos. O desespero dela faz com que sejam necessárias várias tentativas para coletar o sangue para o exame. Entretanto, com o VeinViewer – um aparelho que mapeia as veias e facilita a coleta – o medo diminui.
A técnica é utilizada no Hospital Albert Einstein e também em laboratórios como o Fleury Medicina e Saúde. A máquina emite raios infravermelhos que captam a temperatura do corpo e ressaltam as veias que são mais quentes. As informações são transformadas em imagens, projetadas na área a ser perfurada.
Para tranquilizar ainda mais o paciente é possível combinar técnicas. “Quando a pessoa tem muito medo usamos também a pomada anestésica. Só de saber que não vão errar a veia, já diminui a ansiedade”, afirma a enfermeira do Laboratório de Análise Clínica do Einstein, Alice Berteli.
Na rede Fleury o aparelho é associado a técnicas de relaxamento. “Buscamos o acolhimento. Procuramos entender a expectativa do paciente. Tem alguns que não querem ver de jeito nenhum, outros que preferem conversar sobre o exame”, explica a gerente de processos de enfermagem, Renata Lamonica.
Andréia, que já conhece a sua condição, costuma pedir por técnicas usadas em crianças. “Aprendi a conviver com isso. Me considero uma pessoa equilibrada e não sei explicar o medo.” Para ela, o VeinViewer pode ser uma solução. “Se a pessoa pica uma vez e não consegue, na segunda eu já desmaio.”