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Um maracujazeiro na residência de seu Armando Barbudo tem despertado a atenção de familiares e vizinhos, na rua Leordino da Silva Costa, área central da cidade.
O aposentado plantou uma única muda, presente de seu primo Raimundo, num canteiro do jardim de sua casa há quatro anos. A planta, que divide espaço com uma árvore e uma pimenteira, deu frutos após dois anos. “Geralmente, o tamanho e o peso do maracujá tem sido fora do normal”, considera o aposentado.
Este ano, foram colhidos 11 frutos. O último que restou ainda está no pé e quando amadurecer, o aposentado dará metade ao filho, a outra metade pretende deixar secar para fazer novas mudas. “Ele é muito sensível, há dificuldade para que as sementes germinem e a planta se desenvolva. Muitos já tentaram fazer mudas, mas elas morreram”, diz.
De acordo com o engenheiro agrônomo Marcelo Sena, assistente de planejamento da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – Cati “B”, o maracujá de quase dois quilos, trata-se da variedade maracujá açu, cujo nome científico é passiflora quadrangularis.
O agrônomo relatou que trouxe algumas sementes da variedade do fruto da faculdade de agronomia da Unesp de Jaboticabal para Dracena há uns 15 anos e cultivou o maracujazeiro por um período. Ele explica que é necessário colocar muitas sementes nos balainhos para que algumas se desenvolvam devido ao baixo poder germinativo.
A fruta tem a polpa mais doce e a casca mais grossa que o maracujá comum, podendo ser consumido sem açúcar como se consome um mamão ou melão. De uma maneira geral, o referido maracujá tem um palmo de comprimento e 15 centímetros de espessura, o peso pode variar entre um quilo a um quilo e trezentos gramas.
A orientação do profissional explica o “mistério” do super maracujá e vai de encontro à fala do aposentado, que afirma não ter usado nenhum tipo de adubo em seu canteiro no jardim. “Nunca usei nada de especial, apenas rego as plantas diariamente”, conta.
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