A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou nesta segunda-feira a convocação de 17 judocas que irão representar o Brasil no próximo Mundial Sênior da modalidade, que será realizado entre 9 e 13 de setembro, em Tóquio, no Japão.
A principal ausência da lista foi a de João Derly, bicampeão mundial pela categoria 66kg, que agora compete na dos judocas de até 73kg. Com uma grave lesão no joelho direito, sofrida no final do ano passado, ele não conseguiu se recuperar a tempo de disputar a competição.
Foram convocados os seguintes atletas: Felipe Kitadai (60kg), Leandro Cunha (66kg), Bruno Mendonça (73kg), Leandro Guilheiro e Flávio Canto (81kg), Tiago Camilo e Hugo Pessanha (90kg), Luciano Correa (100kg), Walter Santos e Rafael Silva (+100kg); Sarah Menezes (48kg), Erika Miranda (52kg), Rafaela Silva (57kg), Mariana Silva (63kg), Maria Portella (70kg), Mayra Aguiar (78kg) e Maria Suellen Altheman (+78kg).
“A partir deste ano, a Federação Internacional de Judô permite que os países sejam representados por até dois atletas em cada categoria e isso é muito bom para o judô brasileiro, já que não é de hoje que temos mais de um judoca de alto nível no mesmo peso”, afirmou o coordenador técnico internacional da CBJ, Ney Wilson, lembrando da nova regra que permite a convocação de “duplas” por categoria.
O Mundial de Tóquio será o primeiro já valendo pontos para o ranking de classificação olímpica. Diferentemente dos anos anteriores, a vaga para os Jogos de Londres de 2012 são do atleta e não mais do país.
“Por esse motivo buscamos dar o máximo de oportunidade de pontuar aos nossos judocas, especialmente aos mais bem ranqueados na lista. A diferença no ranking entre Tiago Camilo e Hugo Pessanha, por exemplo, é mínima. E não é papel da CBJ, ao convocar apenas um deles para o Mundial, aumentar essa distância e até acabar por definir o melhor. Eles têm chances iguais de mostrar seu valor e conquistar medalhas”, reforçou Ney Wilson.
O Brasil contabiliza 19 medalhas em Campeonatos Mundiais Sênior de Judô: quatro ouros, duas pratas e 13 bronzes. Agora, visando fazer história na competição que será disputada na “capital mundial do judô”, os brasileiros viajarão para o Japão na primeira semana de setembro, para um período de treinos e aclimatação.
Nos dois últimos Mundiais Sênior disputados em solo japonês, o máximo que o Brasil conseguiu ganhar foram medalhas de bronze: três em Osaka-2003 com Mario Sabino,
Carlos Honorato e Edinanci Silva e uma em Tóquio-1995 com Danielle Zangrando.