Ao todo 141 pessoas foram atendidas durante a campanha contra hanseníase, realizada em Dracena e outros municípios da região, no último sábado. Na cidade, as dermatologistas Isabela Vincenzi de Carvalho e Fabiana Vincenzi atenderam 11 pessoas, sendo identificado um paciente com suspeita da doença.

A dermatologista Aila Mateus Salle esteve em Junqueirópolis, onde prestou 48 atendimentos, sendo 12 suspeitos; e Tupi Paulista, com 40 atendimentos, sendo seis suspeitos. Em Panorama, a dermatologista e coordenadora da Campanha no estado de São Paulo, Marilda Milanez Morgado de Abreu examinou 42 pessoas, sendo um caso de hanseníase confirmado.

Marilda esclareceu que os casos suspeitos vão ser avaliados e os pacientes passarão por exames que confirmarão ou não a existência da doença. Ela considerou o resultado satisfatório e atribuiu a pouca procura dos dracenenses ao fato da população receber atendimento da rede pública de saúde (Postos e AME). “Os que foram estavam realmente preocupados com a doença”, argumenta. A médica também notou uma queda no número de pessoas que procuram a Campanha do Câncer de Pele no ano passado. “Houve uma diminuição de 50% nos atendimentos, que pode ter acontecido devido aos casos diagnosticados na rede pública”, analisa.

A campanha, cuja iniciativa é da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional de São Paulo, tem como o objetivo auxiliar o Brasil a eliminar a hanseníase. “O Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de casos da doença, atrás apenas da Índia”, informou a dermatologista e coordenadora da campanha. Marilda ressaltou o apoio dos secretários municipais da Saúde, que auxiliaram na divulgação, cederam espaço e funcionários para realização do exame.

FIQUE ATENTO – A hanseníase é uma mancha que aparece na pele e não some e, às vezes, tem alteração de sensibilidade. A doença pode ser tratada e tem cura, mas continua sendo transmitida pelo contato com uma pessoa sem tratamento, através das vias respiratórias (gotículas de saliva). Por isso, é importante que as pessoas que estejam com suspeita da doença procurem tratamento. Uma vez diagnosticada precocemente, o paciente com hanseníase recebe medicamento e para de transmiti-la a outras pessoas.