A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, começou sua campanha eleitoral pela capital gaúcha, onde mostrou disposição para o debate com seu principal adversário, centrado no compromisso com as políticas sociais.
Para Dilma, a questão social é uma estratégia de governo, enquanto para o oponente José Serra (PSDB) o tema seria um apêndice ou um artefato eleitoral, que seria esquecido na primeira dificuldade.
Em Curitiba (PR), onde iniciou sua campanha, Serra disse que Dilma evita comparações ao faltar a debates.
“Quereremos uma melhoria concreta. Para cada crescimento de 1 por cento no PIB (Produto Interno Bruto) queremos uma melhoria de 1 por cento nas condições de vida da população”, disse Dilma em discurso, ao receber a medalha do mérito farroupilha.
A cerimônia, realizada na Assembleia Legislativa, contou com a presença de lideranças do PDT, partido ao qual ela foi filiada e agora aliado do candidato ao governo do Rio do Grande do Sul, ex-prefeito José Fogaça (PMDB).
Entre os pedetistas havia o vice de Fogaça, deputado federal Pompeu de Matos. O PMDB gaúcho aprovou a neutralidade sobre a eleição presidencial, apesar de ser aliado na campanha nacional ao PT. Dilma abriu o voto e disse que seu candidato ao governo gaúcho é o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT).
A petista afirmou que começou a campanha no Rio Grande do Sul não porque Serra esteja na frente na região Sul, mas sim porque foi o local de sua retomada após a prisão por ter atuado contra a ditadura militar (1964-1985).
Após a cerimônia, a petista subiu em carro de som na região central de Porto Alegre, na chamada esquina democrática, local de manifestações e de resistência contra o regime militar. Ela realizou ainda uma caminhada até o mercado público municipal.
“Sou uma mistura do centro e do sul do país”, disse Dilma, que nasceu em Belo Horizonte (MG) e viveu por cerca de 30 anos no Sul.