Filmes voltados aos pais de crianças vêm fazendo tanto sucesso neste verão nos EUA que até mesmo os executivos que promovem filmes de terror proibidos para menores de idade devem sentir-se tentados a incluir a canção “We Are Family” em seus spots promocionais.
Os filmes para a família vêm superando as projeções repetidas vezes desde maio, e a Disney espera que as coisas continuem assim quando “O Aprendiz de Feiticeiro” chegar aos cinemas americanos, na quarta-feira. As previsões são de que a fantasia familiar estrelada por Nicolas Cage renda mais de 30 milhões de dólares em seus cinco primeiros dias em cartaz.
Enquanto isso, resta a questão difícil de por que as estreias de filmes familiares são tão imprevisíveis.
“A resposta mais simples é que elas não levam em conta as próprias crianças”, disse Chuck Viane, presidente de distribuição da Disney.
As previsões prévias às estreias focam a consciência que o público tem de um filme e o interesse que ele gera. Assim, perguntar a pais sobre lançamentos voltados a seus filhos realmente parece um pouco equivocado.
Um executivo de estúdio ponderou: “O que reforça esse tipo de filme é quanto as crianças insistem com seus pais para que as levem. Os pais podem ter menos vontade que os filhos de assistir a um filme, mas os filhos insistem com seus pais, e o resto é história.”
A presença expressiva de famílias nos cinemas pode não aparecer nas previsões, mas aparece nas bilheterias dos fins de semana. E essa presença de famílias pode acabar gerando interesse entre outros setores do público.
“Às vezes as previsões não revelam até que ponto um filme pode agradar a todos os tipos de público”, disse a presidente de distribuição da Sony, Rory Bruer, cujo remake de “Karatê Kid” estreou no mês passado com 55,7 milhões de dólares de bilheteria, superando em muito as previsões.
“Não há dúvida de que a divulgação boca-a-boca é importantíssima nesse aspecto.”