O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, devem se reunir hoje (6) em Washington. A conversa ocorre no dia seguinte em que o governo de Israel divulgou o plano de redução do embargo à Faixa de Gaza. A medida permite inclusive a entrada de materiais de construção, até então vetada, mas mantém a proibição a produtos considerados bélicos.
As informações são da agência BBC Brasil. Pelo plano anunciado por Israel, os palestinos terão direito a receber bens de consumo básicos. Antes, a ordem se limitava a alimentos e medicamentos. A expectativa é de que os líderes discutam uma série de questões, entre elas o programa nuclear do Irã e a retomada das conversações de paz entre israelenses e palestinos.
Desde 2007, a região de Gaza está submetida a um bloqueio econômico imposto por Israel. O grupo palestino islâmico Hamas, que controla a área, afirmou que as concessões são inúteis e que o bloqueio deveria ser suspenso. Empresários locais e ativistas também disseram que as medidas não são suficientes.
Israel alega que o bloqueio ao território palestino é necessário para evitar o envio de armas para o Hamas. A pressão internacional para que Israel suspendesse o bloqueio ao território aumentou depois que nove ativistas turcos foram mortos em uma ação militar israelense, no último dia 31 de maio, contra um barco que tentava levar suprimentos para Gaza.
Os palestinos interromperam as negociações de paz diretas depois que Israel lançou uma ofensiva militar contra Gaza em 2008. O início de negociações indiretas em março deste ano foi suspenso depois que autoridades municipais israelenses aprovaram os planos de construção de novas casas em um assentamento judaico em Jerusalém Oriental, onde os palestinos planejam estabelecer a capital de um futuro Estado.
Na última visita de Netanyahu à Casa Branca, realizada no momento em que Israel anunciou a ampliação do assentamento em Jerusalém Oriental, Obama se recusou a permitir que uma foto do encontro fosse divulgada.