O chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil em Minas-Gerais, delegado Edson Moreira revelou que o pedido de prisão temporária do goleiro Bruno, da sua mulher Dayane de Souza e Luiz Henrique Ferreira Lobão, o Macarrão, foi pedido por que os acusados do desaparecimento da estudante Eliza Samudio estariam atrapalhando as investigações da polícia.
“Em contato com a juíza Marixa Fabiana Lopes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e o Promotor, doutor Gustavo, tendo em vista que o primeiro suspeito (Bruno) vinha querendo plantar provas e o menor assumindo a autoria do crime, contando uma dinâmica não compatível com as investigações, resolvemos decretar a prisão temporária do Bruno, Dayane e Luiz Henrique Ferreira”, explicou Edson Moreira.
Segundo Edson Moreira, os três principais suspeitos do sequestro e assassinato da estudante, estariam dificultando as investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, inventando provas, por isso o pedido de prisão temporária foi decretado na noite da última terça-feira.
“Chegou a um ponto que estava sendo atrapalhada a investigação da instituição criminal e para que mais provas não sumissem e fossem apagadas, decretamos a prisão preventiva destes três suspeitos”, disse Edson Moreira.
Em depoimento na tarde da última terça-feira, na Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, um menor, de 17 anos, e que é primo do goleiro Bruno, do Flamengo, confirmou que sequestrou a estudante Eliza Samudio, ex-namorada do jogador, com ajuda de Macarrão, funcionário do atleta, e que ela está morta.
O menor admitiu ter dado uma coronhada em Eliza com uma pistola, mas contou que isso aconteceu por causa de uma discussão e que nada estava premeditado. A morte da jovem teria acontecido em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
Para o chefe do Departamento de Investigação de Minas Gerais, os três suspeitos estavam tentando transmitir a culpa do provável assassinato para o menor apreendido na terça-feira. “É claro que este menor teve participação. Mas não desta maneira que foi falado por ele, que não bate com as nossas investigações”, destacou Edson Moreira.
Segundo o delegado Edson Moreira, Bruno e Macarrão são considerados foragidos pela Polícia Civil de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, por não terem sido encontrados nos locais procurados. “Com isso eles estão foragidos da polícia”, disse.