O setor da construção civil apresentou um sólido crescimento no primeiro semestre desse ano, segundo sondagem divulgada ontem (30) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Durante os primeiros seis meses do ano, o indicador relativo ao nível de atividade (uma escala que vai de 0 a 100) manteve-se acima dos 50 pontos, o que indica crescimento.
No mês de junho, o indicador do nível de atividade ficou em 53,8 pontos, um pouco abaixo do registrado em maio que foi de 55,8 pontos.
A expectativa para o mês de julho é que o nível de atividade chegue a 65,2 pontos. Apesar de ser um resultado positivo, o índice está um pouco abaixo das expectativas dos meses anteriores.
Segundo o diretor de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o forte crescimento do setor está ligado a incentivos do governo e a uma demanda cada vez maior.
“Os incentivos [governamentais] para a área da construção civil foram estruturados no longo prazo, como o caso do programa habitacional, aceleração de algumas obras de infraestrutura e até a perspectiva de início de algumas obras. Por isso esse setor tem se mantido num crescimento muito forte”, explicou.
O número de contratações do setor também se manteve acelerado, o indicador da evolução do número de empregados ficou em 52,9 pontos.
A situação financeira das empresas da construção civil se manteve estável no segundo trimestre registrando 55,1 pontos – no trimestre anterior o índice foi de 55,5 pontos.
O indicador de acesso ao crédito mostrou crescimento no segundo trimestre quando foram registrados 51 pontos, contra os 50,6 do primeiro trimestre do ano.
Segundo Fonseca, com base nos números da pesquisa, é possível dizer que o acesso ao crédito está mais fácil para a construção civil do que para a indústria da transformação.