O Exército americano anunciou nesta quinta-feira, 19, que o número de militares americanos que permanecem no Iraque é de 52.000. Destes, 2.000 deixarão o Iraque até o fim do mês, e os 50.000 restantes darão início à operação “Novo Amanhecer”, na qual participarão em tarefas de estabilidade, assessoramento, formação e apoio às forças de segurança iraquianas.

O Departamento de Estado prevê duplicar o número de agentes de segurança particulares no Iraque após a retirada do país, usando entre 6.000 e 7.000 subcontratados, informou hoje o jornal The New York Times.

Na medida em que os EUA se preparam para retirar completamente suas tropas do Iraque até o fim de 2011, o governo está desenvolvendo um esforço civil que dependerá de um pequeno exército de subcontratados para substituir os militares.

Suas principais funções serão garantir a segurança dos cinco complexos diplomáticos dos EUA no Iraque, prevenindo ataques por meio de radares, detectar artefatos explosivos, realizar voos não tripulados de reconhecimento com os chamados “drones” e formar equipes de resposta rápida para ajudar civis em perigo.

O Departamento de Estado assumirá em outubro de 2011 a responsabilidade de treinar a polícia iraquiana, tarefa que será executada pelos agentes particulares.

Sem a presença dos soldados para reduzir as tensões sectárias no norte do Iraque, serão os diplomatas americanos – mobilizados em dois novos consulados e dois escritórios temporários dependentes da Embaixada – que terão de prevenir potenciais confrontos, segundo o NYT.

Nos últimos 18 meses, mais de 90 mil soldados americanos deixaram o país do Oriente Médio e, segundo o presidente Barack Obama, sob um acordo com o governo iraquiano, “todas as tropas estarão fora do Iraque até o fim do ano que vem”.

A “Operação Liberdade Iraque” começou em 20 de março de 2003 durante a presidência de George W. Bush, que concluiu que o regime do ditador Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa que representavam uma ameaça para o Ocidente. Hussein foi derrubado e executado, mas tais armas nunca foram encontradas.

Desde então, o país mergulhou em um espiral de violência. A ONG Iraq Body Count, com sede na Alemanha, calcula que entre 97.000 e 106.000 iraquianos morreram desde o início da invasão americana.

Segundo o Departamento de Defesa, houve 4.419 baixas militares americanas desde o início da guerra.