Um carro-bomba explodiu nesta segunda-feira na cidade iraquiana de Muqdadiya, a nordeste da capital Bagdá, quando passava pelo local um ônibus lotado de peregrinos muçulmanos xiitas iranianos. Cinco pessoas foram mortas e nove ficaram feridas, disseram autoridades.
A explosão em Muqdadiya, situada a 80 quilômetros de Bagdá, foi a mais recente de uma série de ataques que estão testando a capacidade das forças de segurança iraquianas num momento em que as tropas dos Estados Unidos se preparam para encerrar as operações de combate no país, no fim de agosto, antes da retirada completa no ano que vem.
Quatro dos mortos eram peregrinos iranianos. Centenas de milhares de xiitas do Irã passaram a visitar lugares sagrados da religião no Iraque depois que a invasão liderada pelos EUA, em 2003, removeu do poder o ditador Saddam Hussein.
Saddam proibiu os rituais xiitas e travou uma guerra de oito anos (1980-1988) contra o Irã, governado por xiitas.
Todos os feridos eram iranianos, disse uma fonte da polícia e outra do centro de operações de segurança na província de Diyala, onde uma mistura étnica e religiosa volátil, de xiitas, sunitas e curdos, alimenta uma constante insurgência.
De modo geral, a violência no Iraque diminuiu drasticamente desde o ponto alto do conflito sectário entre sunitas — que antes dominavam o país — e a maioria xiita, entre 2006 e 2007, mas os ataques voltaram a aumentar depois da eleição de março e à medida que se aproxima o fim das operações de combate dos EUA no fim deste mês.
Nenhuma coalizão conquistou maioria na eleição parlamentar de março. Desde a votação, coalizões envolvendo xiitas, sunitas e curdos estão negociando cargos no novo governo, sem chegar a um acordo.