O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, informou hoje (30) que os recenseadores do Censo 2010 têm precisado fazer várias visitas para encontrar em casa, moradores das grandes cidade do país, durante o horário comercial.
Segundo Pereira Nunes esse é o principal problema dos domicílios urbanos e obriga os agentes do IBGE a retornarem durante a noite ou nos finais de semana. “São, em geral, domicílios com poucos moradores, que saem para trabalhar ou estudar no momento em que o recenseador está fazendo seu trabalho”, explicou.
O presidente do órgão não relacionou o problema à falta de colaboração de moradores de grandes cidades, principalmente de áreas mais ricas, que estariam recusando ou dificultando a visita dos recenseadores.
Nas áreas rurais, Pereira Nunes conta que o recenseamento está “evoluindo” no prazo, mas que o tempo de coleta é maior por causa da dispersão dos municípios. Em estados da Região Norte, onde as distâncias são maiores, e o deslocamento precisa ser feito de barco, o tempo para apuração e transmissão dos dados também é mais lento.
Os estados do Acre e Amazonas estão entre aqueles com o menor percentual de domicílios recenseados, 42,4% e 47,6%, respectivamente. Por outro lado, Rondônia e Roraima são os que registram maior percentual de entrevistas, 73,1% e 71,6%, respectivamente, do total de residências.