O computador central Spanair, responsável por anotar as falhas registradas em aviões da companhia aérea, estava infectado por vírus na época do acidente do voo JK 5022, quando um avião explodiu durante a decolagem no Aeroporto de Barajas (Espanha) matou 154 ocupantes. As informações foram publicadas pelo jornal “El País” nesta sexta (20), data em que o acidente completa dois anos.
Um relatório interno da companhia, datado do mesmo dia do acidente, indica que o sistema estava contaminado com cavalos de troia. Esse tipo de programa pode ocasionar danos operacionais e facilitar a invasão do sistema por hackers.
Várias falhas foram detectadas na véspera e no dia do acidente com o avião da Spanair no Aeroporto de Barajas. Cabia aos mecânicos que detectaram os problemas comunicá-los à Spanair em Palma. Ao acessar o sistema para registrar os incidentes, eles se deram conta que ele estava inutilizável devido à infecção pelos ”trojans”.
Além dos cavalos de troia, a Spanair demorou cerca de 24 horas para registrar em seu computador as falhas de seus aviões, conforme admitiram mecânicos da companhia aérea à Justiça do país.
A Associação de Vítimas do Acidente entrou com um pedido junto à Justiça espanhola para obter todos os dados registrados no computador anteriores e posteriores ao dia acidente.