Há quatro anos afastado da Presidência de Cuba, Fidel Castro, de 84 anos, desabafou a um grupo de jornalistas, em Havana, que era quase “um morto” quando deixou o poder para se tratar de um problema grave no estômago. Ao renunciar à Presidência, Fidel passou o poder ao irmão Raúl Castro, mas manteve-se atento às questões políticas e econômicas do país.
Com 1,9 metro de altura, Fidel contou que chegou a pesar cerca de 50 quilos no auge da doença. “Eu cheguei a estar morto”, disse o líder revolucionário que, atualmente, está pesando 85 quilos. “Eu já não aspirava viver. Perguntei várias vezes se as pessoas iam me deixar viver naquelas condições ou me deixar morrer. Então, eu sobrevivi”. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, a Telam.
Fidel falou que nos últimos quatro anos foi submetido a um delicado e minucioso tratamento médico: “era um entrar e sair frenético da sala de operação. [Eu estava] entubado, recebendo alimento nas veias por meio de catéteres e [tinha] perda frequente de consciência”.
As autoridades cubanas jamais revelaram qual fo o mal que acometeu Fidel. No período que esteve fora do poder, ele pouco apareceu em público. Mas, nos últimos meses, o ex-presidente participou de vários eventos e até convocou uma sessão extraordinária do Parlamento de Cuba para alertar sobre o risco de uma ameaça nuclear no mundo.
Na entrevista coletiva, que concedeu em Havana, Fidel disse que está entusiasmado com a internet. Reclamou da lentidão da conexão em Cuba e atribuiu o problema ao embargo econômico imposto pelos Estados Unidos. “Eu não quero estar ausente nestes dias. O mundo está na fase mais interessante e perigosa da sua existência e estou muito comprometido com o que vai acontecer. Tenho coisas para fazer ainda”, disse o cubano.