O governo reduziu de R$ 40 bilhões para R$ 30 bilhões a meta de superávit primário das contas do governo central prevista para o período acumulado até o 2º quadrimestre (janeiro a agosto) deste ano. A redução consta em documento divulgado há pouco pelo Tesouro Nacional, que não traz, no entanto, as razões para essa redução.
Na última entrevista de divulgação das contas do governo central, no mês passado, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, havia declarado que o governo ia cumprir a meta do segundo quadrimestre, até então, de R$ 40 bilhões. Na ocasião, ele chegou a dizer que não se tratava de uma meta obrigatória, mas indicativa. A meta obrigatória, ressaltou ele na época, era a do final do ano.
De janeiro a julho, o superávit acumulado das contas do governo central é de R$ 25,640 bilhões, o que exigirá do governo um esforço fiscal em agosto de, no mínimo, R$ 4,360 bilhões. Uma meta de R$ 40 bilhões, com esse resultado obtido até agora, ficaria muito difícil para o governo.