De janeiro a junho, o faturamento das micro e pequenas empresas (MPEs) do estado de São Paulo cresceu 10,7% sobre o mesmo período do ano passado, atingindo a maior taxa desde 1998, quando a pesquisa começou a ser feita pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). No mês de junho, o setor obteve a nona alta seguida, de 5,6% sobre o mesmo mês de 2009.
Para o coordenador do levantamento, o economista Pedro João Gonçalves, foi um resultado “muito expressivo”, embora com ritmo de crescimento mais lento. Em abril, a taxa foi a melhor do ano (14,7%), seguida pela de maio (13,4%). O economista do Sebrae de São Paulo atribuiu o desempenho em junho às interrupções das atividades em três dias úteis por causa dos jogos da Copa do Mundo e também aos efeitos do fim dos incentivos fiscais para eletroeletrônicos e automóveis. Ele acredita que o segundo semestre será melhor.
“Os empresários estão relativamente otimistas quanto à reação positiva da economia para esses próximos seis meses”, disse Gonçalves. Mas lembrou que a base de comparação desse segundo semestre de 2010 será feita sobre o mesmo período de 2009, quando a economia já estava em processo de recuperação da crise financeira internacional.
A pesquisa do Sebrae de SP, feita com a colaboração da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade), é uma amostragem de 2.716 consultas representando um universo de 1,3 milhão de micro e pequenas empresas. Cerca de 40% dos consultados manifestaram que vão manter o mesmo nível de faturamento; 34% acreditam em crescimento e 25% não souberam avaliar.