Ela está presente na carteira ou no bolso da maioria dos brasileiros e é muito usada em situações cotidianas.
Apresenta foto, nome, data de nascimento, filiação, assinatura e impressão da digital do portador. Trata-se da cédula de identidade ou Registro Geral, o famoso – RG.
Mas, alguns estão guardando entre seus pertences, não o original do documento nacional de identificação e, sim a 2ª via.
Tal realidade é apontada pelos dados da Seção de Identificação da Delegacia Seccional de Polícia de Dracena. De acordo com o delegado seccional de polícia, João Paulino da Silva, no primeiro semestre deste ano foram emitidas 584 (primeiras vias do documento) e 632 (segundas vias) na região, só em Dracena foram 311 contra 474. “Houve um aumento de 40% na emissão de 2ª via em relação ao primeiro semestre do ano passado”, afirma.
Algumas das hipóteses podem ser levantadas como perda ou extravio da 1ª via, regularização do documento de trânsito, alteração do estado civil, a necessidade de se apresentar o documento além do título de eleitor na hora da votação e até mesmo viagem internacional uma vez que, além do passaporte, alguns países do Cone Sul reconhecem a validade do RG para habilitar o trânsito livre de pessoas em seus territórios desde que a fotografia não gere dúvidas sobre a identificação de seu portador, por isso a emissão da 2ª via.
A regulamentação está disposta no acordo sobre documentos de viagem dos Estados Partes do Mercosul e Estados Associados – Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
O acordo estabelece a validade da cédula de identidade como documento de viagem hábil para o trânsito de nacionais e/ou residentes regulares dos Estados Partes e Associados do Mercosul em seus territórios.
Um dos destinos mais procurados pelos dracenenses e moradores de outras cidades da região tem sido justamente um dos países integrantes do Mercosul, a Argentina.
Segundo informações de Luciano Gerlin da Silva, da agência Luciano Turismo houve um crescimento na procura por pacotes para Bariloche e Buenos Aires. Ele conta que há dois meses quando 12 clientes viajaram para a Argentina, quatro optaram por tirar a 2ª via do RG.
“Nos casos em que a pessoa não tem passaporte, ela pode viajar com a cédula de identidade desde que a data de emissão do documento tenha até 10 anos”, diz.
A possibilidade da utilização do documento também é válida para viagens marítima e terrestre. Ele relembra outro caso de uma excursão para Foz do Iguaçu (PR), em que os turistas decidiram na última hora e pela proximidade conhecer a Argentina. “Os que estavam com a carteira de identidade entraram no país tranquilamente já os que só estavam com carteiras profissionais não conseguiram”, pontua.
SERVIÇO – A emissão das cédulas de identidade é solicitada num setor específico na sede da Delegacia Seccional de Polícia, localizada à rua Olímpia nº. 148, no Jardim Alvorada. O atendimento é das 8h às 11h e das 13h às 18h.
Para a 1ª via é necessário levar: 1 foto 3×4 recente, certidão de nascimento ou casamento original e cópia e formulário emitido pelo despachante. A taxa de emissão de 2ª via a ser recolhida no Banco do Brasil é de R$ 24,63.