A ONU disse hoje que não há razão para ter medo de ataques insurgentes contra as organizações humanitárias no Paquistão e apostou por continuar com as tarefas de assistência aos milhões de desabrigados pelas inundações.
“Na maioria dos países onde trabalhamos existem preocupações com segurança e há medidas em andamento para reforçá-las. Não temos razão para temer que isto ocorra durante as atividades de assistência”, assegurou o organismo multilateral em comunicado.
Alguns órgãos de imprensa afirmaram nos últimos dias sobre possíveis planos da insurgência talibã paquistanesa para atacar estrangeiros que estão no Paquistão desempenhando trabalhos humanitários.
“Seria desumano que nos atacassem a nós e a nosso trabalho, algo que prejudicaria a milhões de pessoas cujas vidas nos esforçamos em salvar”, ressaltou a ONU.
Uma fonte dos principais serviços secretos paquistaneses (ISI) consultada hoje pela Efe diminuiu transcendência à suposta ameaça alegando que a maior parte das regiões afetadas, salvo o conflituoso noroeste, “não têm um histórico de atentados terroristas”.
“As agências de segurança e de inteligência estão em alerta e trabalhando para evitar que se registrem fatos”, acrescentou.
Calcula-se que 800 mil desabrigados só são acessíveis pelo ar devido à destruição de estradas e pontes.
As piores inundações nos últimos 80 anos, que alagaram 20% do território do país, causaram a morte desde o fim de julho de 1,6 mil pessoas e afetaram entre 15,5 milhões e 20 milhões.