Dez pessoas de uma equipe médica foram mortas por insurgentes quando retornavam a Cabul após uma viagem de duas semanas a comunidades remotas na província do Nuristão, no norte do Afeganistão. Entre os integrantes do grupo – que era composto por 12 pessoas e teve dois sobreviventes -, morreram um alemão, um britânico, seis americanos e dois afegãos.

O diretor da organização International Assistance Mission (IAM), Dirk Frans, disse que havia médicos, enfermeiras e pessoal de logística na equipe, incluindo o optometrista Tom Little, de Nova York, que trabalhava no Afeganistão há mais de 30 anos. Little havia sido expulso do país pelo governo do Taleban em agosto de 2001 por supostamente tentar converter afegãos ao Cristianismo, mas retornou após a queda do regime, em novembro de 2001.

Frans disse ter perdido contato com Little – que liderava a equipe – na quarta-feira. Na sexta-feira, um afegão que integrava a equipe e sobreviveu ao ataque telefonou e informou a organização do ocorrido. Segundo Frans, também houve outro sobrevivente afegão, que decidiu tomar um caminho diferente do escolhido pelo grupo porque queria visitar sua família.

O diretor da IAM disse que dois membros do grupo trabalhavam para a organização, dois eram ex-membros e quatro eram afiliados a outras associações. O porta-voz do Taleban, Zabiullah Mujahid, disse que a equipe foi morta porque estava “espionando para os americanos” e “pregando a cristandade”. Frans disse que a IAM é registrada como uma organização sem fins lucrativos cristã, mas não tenta converter outras pessoas.

O chefe de polícia da província do Badaquistão, general Agha Noor Kemtuz, disse que as pessoas dos vilarejos alertaram a equipe médica que a área era perigosa. Ele afirmou que, segundo investigação da polícia local, cerca de 10 homens armados roubaram o grupo e depois atiraram nos integrantes.