A audição é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo do bebê, que desde muito pequeno escuta os sons mesmo na barriga da mamãe. Qualquer perda na capacidade auditiva afeta a qualidade de vida da criança, interferindo no processo da fala, por exemplo.
Para identificar os problemas auditivos com antecedência, em Dracena, foi criada uma lei municipal (n.º 3.675 de 7 de agosto de 2009), de autoria do vereador José Antônio Pedretti, para realização do teste da orelhinha (gratuito), que começou a ser feito pela Secretaria Municipal de Saúde no dia 6 de julho deste ano.
Os atendimentos ocorrem toda segunda e terça-feira, às 8h, no Ambulatório de Saúde Mental, localizado na rua Espírito Santo, 239. Todos os bebês de 0 a 6 meses residentes na cidade fazem o exame com a fonoaudióloga Tayla Carvalho Isidoro da Silva, que já atendeu 34 bebês.
Dessa forma, o município também está em conformidade com a lei publicada no Diário Oficial da União, no último dia 3 de agosto, que tornou obrigatório o exame chamado Emissões Otoacústicas Evocadas, conhecido como teste da orelhinha, em todas as crianças nascidas em hospitais e maternidades do País.
A enfermeira Francielli de Lima Volpi, do Programa Amigos do Peito, faz os agendamentos para os recém-nascidos na maternidade no momento da visita hospitalar e ainda para bebês que não completaram os 6 meses, de segunda à sexta-feira, das 9 às 12h, no Centro de Saúde Takashi Enokibara.
EXAME – O teste da orelhinha consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz. A fonoaudióloga Tayla explica que o exame logo ao nascer é imprescindível para todos os bebês, pois evita os diagnósticos tardios de perda auditiva.
“Muitas mães só percebem que há algum problema quando as crianças começam a falar, com um ou dois anos, mas a criança já pode estar com a audição comprometida. O exame detecta que algo não está bem e, então, encaminhamos para outros profissionais que podem avaliar qual o tipo de problema e diagnosticar. Assim, há chances da criança desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte”, comenta Tayla.