O índice de umidade relativa do ar chegou a 8% na cidade de Presidente Prudente (542 km de São Paulo) na tarde desta quinta-feira, de acordo com o instituto Climatempo. O índice caracteriza estado de emergência, segundo classificação da Organização Mundial da Saúde, e é inferior ao do deserto do Saara (entre 10% e 15%).

O Climatempo informou que a cidade registra o menor índice de umidade relativa do ar de todo o país hoje. O município também sofre com o calor: a temperatura atingiu 35ºC. A Defesa Civil do município, no entanto, não colocou a cidade em estado de alerta.

Na cidade de São Paulo, a umidade atingia 16% por volta das 15h20, segundo dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura. O índice mantém a cidade em estado de alerta. Mais cedo, a umidade chegou a alcançar os 14%, apenas um ponto percentual acima do registrado ontem, o menor índice do ano.

Pelos parâmetros internacionais, a umidade do ar deve ser de no mínimo 60%. Segundo a OMS, índices de umidade relativa do ar inferiores a 30% caracterizam estado de atenção; de 20% a 12%, estado de alerta; e abaixo de 12%, estado de alerta máximo. Os principais efeitos da baixa umidade são secura na garganta e nos olhos e problemas respiratórios.

PREVENTIVAS

De acordo com a Prefeitura de Presidente Prudente, todas as escolas da rede pública de ensino foram orientadas a utilizar panos molhados nas salas de aula para umedecer o ambiente. Nas creches, os pais serão orientados a enviar soro fisiológico para que seja pingado na narina das crianças duas vezes por dia.

As medidas, segundo a Secretaria Municipal de Educação, são preventivas.

Em alguns postos de saúde do município, de acordo com a prefeitura, a procura por atendimento aumentou 50%. A maior parte dos pacientes sofre com problemas respiratórios como rinite e asma.

Segundo o Climatempo, não há previsão de chuvas na região pelo menos até o dia 10 de setembro. A frente fria que passará por São Paulo no início da próxima semana não tem forças para chegar ao oeste do Estado.