Cientistas espanhóis descobriram os fósseis de um dinossauro que viveu há cerca de 130 milhões de anos com duas peculiaridades: tinha corcunda e saliências no osso do antebraço, o que pode indicar a existência de penas, publicou nesta quinta-feira a revista Nature.

O fóssil foi descoberto nas proximidades de Cuenca, 200 quilômetros a sudeste de Madri.

O ‘Concavenator corvatus’, apelidado de Pepito, foi localizado no reservatório de Las Hoyas e, se os paleontólogos espanhóis estiverem certos, os dinossauros tinham estruturas similares a penas muito antes do que se pensava originalmente.

“O reconhecimento dessas estruturas no ‘Concavenator’ permite ampliar o número de grupos de dinossauros em que, além de escamas, deveríamos considerar a presença de estruturas antecessoras das penas das aves”, escreveram os especialistas na Nature.

De concreto, “Pepito” — um dinossauro carnívoro que media mais de quatro metros de comprimento – contava com saliências situadas na margem posterior de um dos ossos anteriores do antebraço.

“Vamos ter de imaginar que mais dinossauros eram mais parecidos com os pássaros”, disse Francisco Ortega, da Universidade Nacional de Educação a Distância, na revista.