Dezoito dos 29 presos por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção na prefeitura de Dourados (250 km de Campo Grande) estão em liberdade. Segundo o Ministério Público, a liberação era esperada, pois não houve pedido de prorrogação.

Outros 11 suspeitos, considerados os líderes do esquema, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Entre eles estão o prefeito, Ari Artuzi (PDT), o vice-prefeito e o presidente da Câmara Municipal.

As prisões deixaram a cidade sem comando, o que levou o Tribunal de Justiça a indicar o juiz Eduardo Machado Rocha, titular das varas da infância e de Família e diretor do Fórum da cidade, ao cargo de prefeito interino. Ele tomou posse no sábado e prometeu “passar Dourados a limpo”.

OPINIÃO

Para Rocha, quando a população vota mal, se coloca à mercê de pessoas sem moral e capacidade administrativa e sofre com a corrupção e falta serviços básicos, como o atendimento à saúde.

Natural de Dourados, o juiz, que tem 24 anos de magistratura, disse à Folha que nunca exerceu cargo eletivo, jamais fez campanha ou se filiou a partidos políticos.

Disse acreditar que recebeu o comando de sua terra natal “por obra de Deus”. “Não é coincidência. Foi Ele quem me colocou neste cargo neste momento.”