O rio Amazonas está no menor nível em 40 anos na região de Iquitos, no Peru, causando estragos em uma região onde o acesso fluvial é significativo para a economia local. De acordo com autoridades da província (Estado) de Loreto, o nível do Amazonas estava na terça-feira 105,97 metros acima do nível do mar na cidade de Iquitos, 50 centímetros abaixo do registrado em 2005, até então o nível mais baixo em quatro décadas.
A única forma de transporte da população ribeirinha da região é o Amazonas. Os níveis baixos trazem dificuldades econômicas para as áreas peruanas onde se depende do rio para a navegação, impedindo que os barcos tenham um rio navegável e possam chegar aos portos.
Pelo menos seis barcos ficaram encalhados pela falta de água nas últimas três semanas. Várias companhias de transporte foram forçadas a suspender o serviço, disse o chefe regional da defesa civil, Roberto Falcon. As viagens pelo rio entre Iquitos e outras cidades da região amazônica geralmente duram entre 12 e 15 dias. Agora, têm levado o dobro, disseram funcionários.
O serviço de meteorologia peruano afirma que a queda do nível das águas – que deve perder outros 20 centímetros até o meio de setembro – é causada pelas altas temperaturas e pela falta de chuvas na região. O Amazonas passa por áreas de Colômbia, Bolívia, Equador, Peru, Paraguai e Venezuela, antes de seguir pelo Brasil e desaguar no Oceano Atlântico.