A procura pelas novas ações da Petrobras superou o volume que será disponibilizado ao mercado. Segundo o IFR, serviço de informações financeiras da Thomson Reuters, a demanda pelas ações da companhia chegou ao dobro do número de ações a serem emitidas. Duas fontes ouvidas pela Reuters também confirmaram que a demanda superou a oferta.

O lote inicial prevê a emissão de 2,17 bilhões de ações ordinárias e 1,59 bilhão de preferenciais. Os lotes adicional e suplementar incluem mais 940 milhões de ações.

O preço das ações será definido nesta noite, numa reunião do Conselho de Administração da empresa que deve ocorrer às 19h00.

O cenário é positivo, já que os papéis da Petrobras chegaram a subir mais de 5% ao longo do pregão de hoje. “Uma precificação bem-sucedida será boa para todo mundo”, afirmou Jorge Simino, que supervisiona ativos de US$ 10 bilhões no fundo Funcesp (Fundação Cesp).

Um grande evento está previsto para amanhã, sexta-feira (24), na BM&FBovespa, para celebrar o sucesso da operação, já que começa na própria sexta a negociação das novas ações, na forma de recibos de ações, os chamados ADRs, na Bolsa de Nova York (Nyse). Na segunda-feira começa a negociação das ações na Bolsa brasileira.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparecerá ao evento. Nesta quinta, ele voltou a falar sobre a grandiosidade que a operação da capitalização da Petrobras representa durante visita a Marringá, no norte do Paraná.

“Amanhã nós vamos fazer uma coisa que nunca aconteceu. Nós vamos capitalizar a Petrobras, por conta do pré-sal, que vai ser a maior capitalização já feita na história da humanidade”, afirmou Lula, repetindo uma frase que ele tem usado com frequência. “Não será menos do que R$ 70 bilhões”, acrescentou.

Com o dinheiro, a Petrobras deve melhorar o perfil da sua dívida e terá dinheiro para realizar os projetos necessários para explorar petróleo na área do pré0-sal (águas profundas).