Somente 24 das 80 baleias piloto encalhadas em uma praia remota da Nova Zelândia sobreviveram a uma tempestade na primeira noite fora do mar, a despeito dos esforços desesperados dos voluntários para salvá-las.
Enormes ondas e ventos fortes castigaram a Baía dos Espíritos enquanto os voluntários lutavam para mover as sobreviventes acima da linha da maré. Foi o segundo encalhe em massa na região em um mês.
“Nesta manhã, 24 animais vivos foram removidos para acima da linha da maré, ficando fora de perigo”, afirmou a porta-voz do departamento de conservação, Caroline Smith. “O clima está terrível lá. Temos ventos de 20 milhas e ondas de 2 metros, então nõa é possível recolocá-las no mar na Baía dos Espíritos”.
Os 80 animais estavam espalhados numa linha de 5 quilômetros de praia, disse a porta-voz do departamento de conservação. Os funcionários estavam planajendo utilizar grandes redes para içar os animais para caminhões e movê-los para a praia de Rarawa, uma hora ao sul do local onde encalharam, onde elas seriam devolvidas ao mar.
Os voluntários passaram a noite de quarta-feira na praia tentando manter as baleias resfriadas e úmidas. Um professor levou seus alunos à praia para ajudar a cobrir os cetáceos com lençóis e lonas.
O gerente do Departamento de Conservação Jonathan Maxwell disse que ao menos 25 animais já estavam mortos quando os funcionários chegaram na Baía no Sábado, e outros 15 morreram drante a noite. Outras 50 foram vistas na praia, e algumas delas voltaram sozinhas para o mar. Os funcionários sacrificaram os animais mais fracos e estressados.
“As baleias piloto têm laços sociais muito fortes e tentam ajudar umas às outras, por isso mais e mais animais ficam encalhados”, disse Mark Simpson do Projeto Jonah, que protege mamíferos marinhos.
Desde 1840, o Departamento de Conservação já registrou mais de 5 mil encalhes de baleias e golfinhos na costa neozelandesa. Os cientistas não conseguiram determinar por que as baleias continuam encalhando.