Os ministros da Agricultura do Brasil, Wagner Rossi, e da Argentina, Julián Dominguez, se encontrarão amanhã (20), em Buenos Aires, para discutir o andamento de ações comuns na área de comércio e cooperação técnica. Será a terceira reunião desde que os dois acertaram, no fim de maio, a promoção de encontros trimestrais para elaborar estratégias conjuntas entre duas das mais importantes agriculturas do mundo.

“Juntos, Brasil e Argentina são gigantes no mercado mundial de alimentos. Temos todas as condições de aprofundar uma parceria estratégica para reforçar o peso dos nossos países no setor”, afirmou Rossi por meio de nota do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Além do ministro brasileiro, irá a Buenos Aires uma delegação de secretários e técnicos do Mapa, que participarão de grupos de trabalho com representantes do ministério argentino. Serão debatidos temas como gestão estratégica, apoio à agricultura familiar, questões sanitárias e fitossanitárias, negociações comerciais e cooperação técnica. De acordo com o Mapa, em cada área será fechada uma agenda de atividades para 2011.

Os encontros anteriores já apresentaram alguns resultados na área de cooperação em pesquisa, como a assinatura, em julho, de memorando de entendimento entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (Inta). Além disso, em setembro, o secretário executivo do Mapa, Gerardo Fontelles, ao participar do lançamento do Plano Estratégico Agroalimentar e Agroindustrial da Argentina, assinou outro memorando prevendo promoção de produtos para exportação e posições conjuntas em fóruns internacionais.

Segundo dados compilados pelo Mapa, a Argentina é o país que mais exporta produtos agropecuários para o Brasil, tendo vendido aos brasileiros, entre janeiro e setembro de 2010, o equivalente a US$ 2,36 bilhões. Entre os principais produtos do agronegócio argentino consumidos por aqui estão o trigo, a farinha de trigo e o malte. No mesmo período, os embarques nacionais para o país vizinho totalizaram US$ 935 milhões, com destaque para papel, derivados de cacau e carne suína.