Astrônomos do Japão, usando um detector de raios X a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) e da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, usando o observatório espacial Swift, da Nasa, estão anunciando a descoberta de um objeto emissor de raios X que se encontrava escondido no interior da Via-Láctea, na constelação do Centauro.
O objeto – um sistema binário – foi revelado quando o instrumento Maxi (sigla em inglês par Monitor de Imagem de Raio X de Todo o Céu), no módulo japonês Kibo, da ISS, captou uma erupção gigantesca de radiação, conhecida como nova de raios X.
A equipe Maxi alertou a comunidade astronômica mundial, e o observatório Swift conduziu uma observação “de oportunidade” nove horas após o alerta, emitido na madrugada de 20 de outubro.
A detecção pelo equipamento da Nasa confirmou a presença da fonte de raios X até então desconhecida, que recebeu a designação MAXI J1409-619.
“A observação do Swift sugere que essa fonte provavelmente é uma estrela de nêutrons ou um buraco negro com uma estrela de grande massa localizada a poucas dezenas de milhares de anos-luz da Terra, dentro da Via-Láctea”, disse, em nota, David Burrows, da universidade americana.