O mineiro chileno Edison Peña foi o 12º resgatado nesta quarta-feira, na mina San José, perto da cidade de Copiapó, no norte do Chile. A operação vai prosseguir ao longo do dia para retirar os 21 mineiros restantes. Os trabalhadores ficaram presos durante 69 dias, após um acidente em 5 de agosto deixá-los isolados no subterrâneo. A ação de resgate foi intitulada “Operação São Lourenço”, em uma referência ao santo patrono dos mineiros.
Além de Edison Peña, já foram retirados Florencio Ávalos, José Ojeda, Osmán Araya, Mario Sepúlveda, Juan Illanes, o boliviano Carlos Mamani, Jimmy Sánchez, Claudio Yáñez Lagos, Mario Gómez, Alex Vega e Jorge Galleguillos. Florencio Ávalos foi o primeiro a ser resgatado da mina a quase 700 metros de profundidade. Seu resgate ocorreu pouco após a zero hora desta quarta-feira (horário de Brasília).
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse que os esforços para o resgate foram “sem precedentes”. Piñera chegou a dizer que a fé dos mineiros presos “moveu montanhas” e tornou possível o “milagre”. As equipes estimam que deve levar pelo menos 24 horas para que todos os mineiros e todos os agentes que desceram à mina para ajudar na operação retornem à superfície.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou esta manhã ao Chile para se encontrar com o boliviano Carlos Mamani, o único mineiro que não é chileno. Morales elogiou o trabalho do governo vizinho e disse que o resgate é uma “grande ação humanitária”. Já o Departamento de Estado norte-americano, porta-voz P.J. Crowley, mandou uma mensagem via Twitter, em que parabeniza o Chile “pelo resgate bem sucedido”, que “mostra notável de esperança e habilidade”.