Segredo de justiça versus direito à informação. Essa discussão entre imprensa e Judiciário é tema de um debate que será realizado nesta quarta-feira (6), às 19h30, no Salão do Júri, localizado no andar térreo do bloco B3 do campus II da Unoeste.
Ele é organizado pelos alunos do 8º termo de jornalismo da Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente (Facopp). O evento vai reunir estudantes de comunicação e direito, jornalistas, advogados, promotores, juízes e interessados em geral.
O debate, intitulado “Imprensa x Judiciário: O segredo de Justiça ou direito à informação”, constitui-se como peça prática do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos alunos de Jornalismo Erivan Marques Ribeiro, Gualberto Henrique Fernandes, Katiane Souza Hojo e Mari Ângela Pelegrini.
Eles realizaram estudos sobre o jornalismo associado ao direito e ao Judiciário. Após o evento o grupo ainda fará uma análise crítica dos resultados obtidos. “A ideia surgiu da dificuldade que o jornalista encontra em ter acesso ao judiciário que, de regra, costuma ser bem fechado”, explica Pelegrini, que também é juíza federal titular da Vara do Trabalho, em Rancharia.
Segundo o professor da Facopp e orientador dos alunos no TCC, João Paulo Nunes, o tema é interessante tanto no âmbito acadêmico quanto para profissionais. “Buscou-se um problema corriqueiro na vida profissional dos jornalistas, mas que parece distante enquanto se está na faculdade. Foram escolhidos debatedores que entendem das duas áreas como um todo para debater esse impasse que interfere no andamento do trabalho de ambas as partes”, explica.
Da parte jurídica foram convidados os juízes José Roberto Dantas Oliva, que inclusive já atuou como jornalista do jornal “O Estado de S. Paulo”, e José Elias Themer, diretor de imprensa da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis). Representando a imprensa estarão na mesa de debate os jornalistas Cristiano Oliveira, editor-chefe do jornal “Oeste Notícias” e Leila Tonicante, editora-chefe do SPTV 2ª Edição da TV Fronteira, afiliada Globo.
“Os dois juízes já foram jornalistas e vivenciaram os “dois lados” da profissão. Dentre os profissionais da área, escolhemos aqueles que têm contato direto com o jornalismo investigativo e que, via de regra, sofrem restrições para divulgar informações sigilosas e que, a rigor, são aquelas que mais interessam aos cidadãos e à democracia”, explica Pelegrini.
Nunes diz que o debate, apesar de ser presencial, tem formatação radiofônica e será gravado pela Web Rádio Facopp (WRF), a emissora online da Facopp. “Para quem não sabe como funciona um programa de rádio, também será muito proveitoso”, comenta. Os organizadores contaram com o apoio do professor e coordenador da WRF, Homéro Ferreira, na parte técnica referente ao roteiro da discussão.
Serviço
As inscrições para o debate são gratuitas e abertas a toda população; devem ser feitas no local, antes do início do evento e são limitadas a capacidade deste. Para os acadêmicos em geral serão computadas três horas de atividade completar. (Com assessoria de imprensa)