O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é usado como referência para o reajuste de contratos de aluguel, ficou em 1,01% em outubro ante variação de 1,15% em setembro. Segundo os dados divulgados hoje (28), na capital paulista, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice acumula, no ano, alta de 8,98% e, nos últimos 12 meses, de 8,81%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do IGP-M, apresentou variação de 1,30%. No mês anterior, a taxa foi de 1,60%. O índice relativo aos bens finais variou 1,53% em outubro contra 1,14% registrado em setembro. De acordo com a FGV, o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 0,05% para 8,50%, contribuiu para aceleração.
O índice referente ao grupo bens intermediários variou 0,21% contra 0,29% do mês anterior. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou decréscimo e passou de 0,26% para 0,06%, sendo o principal responsável pela desaceleração do grupo. E o índice de matérias-primas brutas variou 2,55% ante 4,08% em setembro. Contribuíram para o recuo os itens algodão em caroço (de 30,97% para 2,40%), minério de ferro (de 0,28% para ‐3,83%) e bovinos (de 5,85% para 4,28%). Em contrapartida, tiveram aceleração a soja (de 3,07% para 5,04%), a mandioca (de -1,52% para 13,31%) e o leite in natura (de ‐3,39% para ‐0,03%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que contribui com 30% na formação do IGP-M, apresentou variação de 0,56% em outubro contra 0,34% registrado em setembro. Seis dos sete grupos componentes do índice subiram, com destaque para alimentação (0,56% para 1,23%). Os produtos que mais pressionaram o índice foram: arroz e feijão (de -1,63% para 7,04%), hortaliças e legumes (de -4,07% para -1,70%) e laticínios (de -0,01% para 1,56%).
Também apresentaram avanços em suas taxas os grupos: despesas diversas (de 0,14% para 0,23%), habitação (de 0,22% para 0,28%), saúde e cuidados pessoais (de 0,39% para 0,45%), educação, leitura e recreação (de 0,17% para 0,22%) e transportes (de 0,11% para 0,15%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: cerveja (de -0,91% para 1,67%), material para reparos de residência (de 0,40% para 0,88%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,31% para 0,79%), salas de espetáculo (de 0,19% para 1,63%) e álcool combustível (de 0,60% para 4,35%).
Em contrapartida, apresentou decréscimo em sua taxa de variação o grupo vestuário (de 0,72% para 0,67%), com destaque para o item roupas masculinas, que recuou de 1,40% para 0,26%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em outubro, variação de 0,15%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,20%. Os três grupos que compõem o índice apresentaram desaceleração: materiais e equipamentos, de 0,36% para 0,26%, serviços, de 0,32% para 0,29%, e mão de obra, de 0,04% para 0,03%.