O ministro de Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, delegou o desenvolvimento de um relatório dando instruções sobre como o país deverá se preparar caso o Irã obtenha armas nucleares, informou uma fonte do governo nesta segunda-feira, 25, ao jornal Haaretz.
Publicamente, Israel jurou nunca deixar o Irã obter acesso a armas atômicas. Governos anteriores, porém, discretamente planejaram a elaboração de um plano de contingência se o programa de enriquecimento de urânio de Teerã se mostrasse com finalidades militares.
Lieberman, um dos mais radicais membros do governo, ordenou que ministros e estrategistas desenvolvam um plano sobre “o que fazer se acordarmos e descobrirmos que os iranianos têm uma arma nuclear”, disse uma fonte do governo, que falou sob condição de anonimato devido à sensibilidade da questão. A medida de Lieberman foi tomada devido à ineficácia das políticas de prevenção do governo de Benjamin Netanyahu, atual premiê
Membros do Ministério de Exteriores também estão preparando um relatório sobre possíveis respostas caso a Autoridade Nacional Palestina (ANP) declare unilateralmente o Estado palestinos e tome a Cisjordânia, atualmente ocupada por Israel. O Estado judeu segue construindo assentamentos na área.
O gabinete de Netanyahu se recusou a comentar a iniciativa de Lieberman. “A posição do governo é de que todas as tentativas devem ser feitas para que o Irã não obtenha armas nucleares”, disse uma fonte do governo.
Especula-se que Israel seja o único país do Oriente Médio que mantém um arsenal nuclear, mas o governo não nega nem confirma. O Estado judeu e o Irã acusam-se mutuamente de minar as negociações de paz na região e consideram-se inimigos mortais.