Os primeiros dias dos 33 mineiros que ficaram soterrados por mais de dois meses, no Chile, serão cercados de cuidados médicos. Há uma preocupação sobre a saúde física e mental dos trabalhadores, embora tenham recebido orientações sobre alimentação, exercícios e acompanhamento psicológico durante o período em que ficaram presos na mina. Os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e da Bolívia, Evo Morales, acompanham os resgates na manhã de hoje (13), em San José, no Deserto de Atacama.
Ao mesmo tempo em que os trabalhadores serão submetidos a exames médicos detalhados – primeiro em um hospital de campanha montado na área ao redor da mina, e depois na cidade de Copiapó – eles terão aulas de oratória e de como se relacionar com a imprensa. As autoridades chilenas afirmaram que há esse cuidado porque sabem que os mineiros serão assediados pela imprensa para entrevistas e depoimentos.
O episódio do soterramento dos trabalhadores, por 70 dias a 700 metros de profundidade, é acompanhado por cerca de 1,5 mil jornalistas estrangeiros e chilenos que passaram a viver na área em volta da Mina San José. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) está presente com uma equipe da TV Brasil que faz matérias jornalísticas diárias e uma série especial para o programa Caminhos da Reportagem.
A emissora estatal do país, a Televisão Nacional do Chile (TVN), transmite ao vivo a operação de resgate dos trabalhadores. Das 23h09 de ontem (12), quando desceu, pela primeira vez, a cápsula usada para levar do abrigo à superfície os mineiros, até as 9h49 de hoje (13) foram resgatados 11 mineiros.
A expectativa, segundo as autoridades chilenas, é que todos sejam resgatados em 48 horas, ou seja, todo o processo deve acabar amanhã (14) à noite. Em média, o tempo de resgate demora de 12 a 16 minutos, mas cada procedimento leva cerca de uma hora.