Um grupo de juízes começou hoje (18) a julgar, na capital paulista, 110 processos na primeira sessão do Mutirão Judiciário em Dia. O mutirão é uma parceria entre o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Justiça Federal (CJF). Em seis meses, os 12 juízes, divididos em seis turmas presididas por um desembargador federal, devem julgar 80 mil processos.
“O mutirão visa a dar um trabalho de choque no tribunal nesses feitos antigos que são mais urgentes”, disse o desembargador federal Luiz Paulo Cotrim Guimarães, que presidiu a primeira turma. Ele ressaltou que o objetivo do mutirão é diminuir o número de processos parados no Judiciário há muitos anos.
Segundo Guimarães, esse é um trabalho inicial que ainda não dará uma solução definitiva para o represamento dos processos. “Por isso mesmo esse mutirão tem uma metodologia diferente dos outros. É acompanhado de um trabalho de gestão dos gabinetes para que possa haver sucesso desse julgamento após o término do mutirão”.
O desembargador também falou sobre a importância desse tipo de trabalho para a sociedade. “Nós que somos servidores públicos temos que dar uma satisfação à população. O importante é que os conselhos firmaram um entendimento de que é preciso uma modelagem diferente com a metodologia que dê continuidade ao interesse do jurisdicionado”.
Para fazer o acompanhamento dos processos julgados durante o mutirão, foi lançado também hoje o “Processômetro”, que terá a função de contabilizar o número de causas resolvidas. Os próximos deste mês estão marcados para os dias 22, 25 e 26.