Agentes de controle de vetores da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) participam nesta sexta-feira (30) de um curso de capacitação promovido pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), que vai tratar da mudança de inseticida no combate à dengue.
Na ocasião, segundo o engenheiro da Sucen, Américo Shuji Utida, uma equipe técnica vai explicar sobre a substituição do temefós pelo diflubenzuron, bem como lhes esclarecer como funciona a aplicação do novo veneno e os cuidados necessários para a sua utilização.
“O objetivo principal é treinar os agentes de controle de vetores, de forma que eles se preparem e tomem conhecimento do novo produto, que é utilizado especificamente para o controle larvário”, adianta.
De acordo com Utida, a mudança de veneno ocorre para evitar que o mosquito transmissor da doença adquira resistência ao atual inseticida. “Estudos feitos em laboratórios têm mostrado que a larva do mosquito Aedes Aegypti já está apresentando resistência ao temefós, por isso é fundamental a capacitação da equipe de trabalho que atua na frente de prevenção no município”, diz.
O diflubenzuron, segundo apontam os estudos, pode ser usado tanto em águas limpas como sujas. Realidade bem diferente do inseticida anterior, quando havia um tipo de veneno para cada estado da água. É que o novo produto atua no aparelho digestivo da larva, dificultando seu desenvolvimento reprodutivo na forma adulta. Significa que o mosquito fica estéril. Já na fase intermediária e adulta do inseto, o veneno atua por contato, eliminando-o. Uma outra curiosidade: a aplicação do inseticida tem durabilidade de oito semanas, enquanto que a durabilidade do inseticida anterior era de, no máximo, 15 dias.