A disputa no segundo turno das eleições presidenciais obrigou o PT a assumir uma despesa extra nos Estados que pode elevar o custo total da campanha de R$ 157 milhões para R$ 191 milhões. No primeiro turno, segundo o tesoureiro da campanha, José de Filippi Júnior, já foram arrecadados cerca de R$ 100 milhões e gastos R$ 95 milhões. O partido agora inicia novos contatos com potenciais doadores para arrecadar os R$ 91 milhões restantes para o segundo turno.

“Os gastos totais da campanha devem ficar em R$ 176 milhões para o comitê de Dilma e outros R$ 15 milhões para o de Michel Temer”, explicou o tesoureiro.

O PT estimava um gasto inicial para o segundo turno de até R$ 8 milhões nos Estados só para a disputa presidencial, mas o valor agora já foi revisto para R$ 25 milhões. É por conta desta diferença, segundo Filippi, que o montante global precisou ser reavaliado.

Das doações arrecadadas no primeiro turno, de acordo com o tesoureiro, quase 60% foram utilizadas para gastos com a propaganda eleitoral em TV e rádio e com material de publicidade. No mês de setembro a campanha de Dilma fez um repasse à União de aproximadamente R$ 1 milhão para cobrir gastos com deslocamentos do presidente Lula para eventos da campanha.

O investimento maior do comitê financeiro será feito nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.

Segundo o tesoureiro, o PMDB passou a assumir mais atribuições no segundo turno, sobretudo nos Estados onde o partido é mais forte e organizado, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o que explica a elevação dos custos de campanha.

A reestimativa do custo total da campanha de Dilma já foi feita formalmente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).