O desemprego na região metropolitana de São Paulo atingiu, em setembro, 11,5% da população economicamente ativa (PEA) ante uma taxa de 12,3%, em agosto, e de 14,1% em igual período do ano passado. Comparado ao dos meses de setembro de toda a série histórica, o índice é o menor dos últimos 19 anos. Em 1991, a taxa ficou em 11%.
De acordo com os dados da pesquisa divulgada hoje (27) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade), o índice mais baixo de toda a série histórica no mês de setembro foi registrado em 1989 (7,9%).
O economista do Dieese Sérgio Mendonça acredita na possibilidade de o índice cair para um dígito no final deste ano. Sobre o desempenho de setembro, ele disse que “não chega a ser uma surpresa”. Mendonça destacou que, além do período ser, tradicionalmente, mais favorável à oferta de empregos, a economia está em plena fase de crescimento com disponibilidade de crédito, aumento da massa de rendimento e inflação sob controle.
No período, mais 12 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo, mas como foram geradas 96 mil vagas, o número de desempregados diminuiu em 84 mil. O total estimado é de 1,231 milhão.
O resultado reflete, essencialmente, a ampliação de trabalhadores admitidos no setor de serviços (108 mil). Nos demais, o quadro ficou estável, segundo a análise técnica do Dieese com variações levemente abaixo de zero. Na indústria, a taxa foi de -0,1%, com o corte de 2 mil vagas, e no comércio, de -0,3%, com 4 mil postos a menos.
A pesquisa indica ainda que o rendimento médio cresceu 3,3% para os ocupados, chegando a R$ 1.401,00, e 2,6% para os assalariados, atingindo R$ 1.414,00.