O vazamento de lama tóxica que atingiu uma superfície de 40 quilômetros quadrados e vários rios no oeste da Hungria chegou ao Danúbio, o segundo rio mais longo da Europa e de extrema importância histórica, econômica e cultural para os dez países pelos quais passa.
A onda de “barro vermelho” que atingiu o Danúbio é altamente tóxica e, embora a concentração de metais pesados nas águas tenha se reduzido e o risco de contaminação esteja mais baixo, há uma incerteza sobre seu efeito nos ecossistemas da bacia do rio.
“Infelizmente não é uma situação clara” explicou à Agência Efe Tibor Dobson, responsável pelas tarefas de limpeza do vazamento, causado pela ruptura de uma balsa de uma empresa fabricante de alumínio na Hungria.
O acidente ocasionou o vazamento de um milhão de metros cúbicos de “barro vermelho”, uma substância extremamente tóxica e carregada de metais pesados.
A Croácia está em alerta quanto à contaminação das águas do rio, que corta 137 quilômetros do leste do país.
Segundo comunicou a diretoria nacional de proteção e salvamento (DUZS), o controle intensificado continuará nos próximos dias, para que se possa detectar a tempo uma possível contaminação.
As autoridades sérvias também anunciaram que adotarão medidas de precaução para proteger a flora e a fauna.
O Danúbio não é usado como fonte de água potável na Sérvia, mas é navegável em todos os 588 quilômetros que cortam o país.
Além disso, ele banha uma ampla e fértil planície em Voivodina, habitat de pássaros e outros animais e destino favorito de pescadores e turistas.
As autoridades da Bulgária também estão em alerta e hoje verificaram a qualidade da água do Danúbio, que tem 450 quilômetros de extensão nesse país, informaram à Efe fontes do Ministério do Meio Ambiente.
Os resultados desses testes serão divulgados na sexta-feira e, nos próximos dias, várias equipes de laboratórios da região verificarão a qualidade da água a cada três horas.