A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (19) em flagrante quatro pessoas por venda ilegal de medicamentos pela internet. Uma dos presos se passava por médico. No total, foram cumpridos 20 mandados prisão e de busca e apreensão. Batizada de Operação Panaceia, a ação policial apreendeu 15 mil comprimidos. Nenhum dos medicamentos apreendidos tinha autorização para a venda. Entre eles havia medicamentos abortivos, antidepressivos e anabolizantes.
A Operação Panaceia foi deflagrada em conjunto com a Polícia Internacional (Interpol), que coordenou ações simultâneas em mais 44 países. No Brasil, a PF contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As quadrilhas que atuam na venda ilegal de remédios anunciam os produtos em classificados de jornais e na internet, inclusive em redes de relacionamento social.
Segundo o delegado que comandou a operação, Eumer Coelho, foram investigados 61 endereços na internet, 54 no Brasil e sete no exterior. Todos anunciavam venda direta para o Brasil. O delegado alertou aos consumidores que não tomem nenhuma atitude que possa responsabiliza-los penalmente. “A maioria das pessoas que compram os medicamentos pela internet tem consciência de que é uma venda ilegal, na medida em que esses medicamentos ou não têm a venda permitida ou precisam de uma receita especial, que não é cobrada na venda por esses sites”, disse.
Coelho informou que o próximo passo da Operação Panaceia será a investigação da origem desses medicamentos. As pessoas presas pela PF, se condenadas pela Justiça, podem pegar, no mínimo, dez anos de prisão, já que a venda de medicamentos sem licença ou adulterados é considerada crime hediondo.