Durante entrevista na tarde desta sexta-feira, 26, o governador do Rio, Sergio Cabral, agradeceu ao governo federal e às Forças Armadas pelo apoio dado durante as operações realizadas contra bandidos nos últimos dias, dizendo que isso representam um dia histórico no Estado. “Em nome no povo do Rio faço os agradecimentos ao Ministério da Defesa e as Forças Armadas pelo apoio”.

Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o governo entendeu a solicitação de apoio logístico para o combate ao crime feita pelo governador e confirmou a necessidade da disponibilização de 800 militares para uma função específica, para a proteção do perímetro.

Segundo Jobim, caberá ao Exército a proteção do perímetro e caberá à Marinha e à Força Aérea o transporte dos policiais. Teremos áreas nítidas de funções sem ter problemas de comando na operação, que será determinada pelo governo do Estado, sem haver a possibilidade de fricção entre os órgãos envolvidos. Segundo Jobim, os efetivos disponíveis, todos do batalhão de paraquedistas, têm experiência no Haiti.

Jobim também cumprimentou Cabral pela coragem da decisão, por considerar esta uma operação que tem grau de risco. “Este não é momento de contornar riscos e sim confrontá-los. O senhor não conta com a colaboração das Forças Armadas e governo federal e sim com o apoio delas.”

Trabalhos. O chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, coronel José Carlos de Nardi, explicou que o governador fez duas solicitações de apoio. Na primeira etapa, foi feito um pedido de apoio logístico ao Ministério da Defesa e na segunda etapa o pedido de 800 homens do Exército. Essa solicitação foi encaminhada para o presidente da República e a partir daí o ministro determinou que fosse o Exército a ser usado no combate ao crime.

Na coletiva, o responsável pelo Comando Militar do Leste (CML), general Adriano Pereira Junior, falou que Exército não ajudou durante a operação de invasão à Vila Cruzeiro porque a solicitação do governo – de apoio logístico – não se encaixava nas disponibilidades da instituição. “O Exército do Rio não possui esse tipo de blindado, com lagartas, então o ministro determinou que a Marinha fosse a responsável por essa missão”, justificou o general. Ontem foram usados seis tanques. Nesta sexta, também foram solicitados mais 10 blindados e três helicópteros.

Força Nacional. O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, disse que o governo não pediu ajuda da Força Nacional de Segurança porque o Ministério da Defesa está mais bem estruturado e pela agilidade que o Exército, no caso com o CML, poderia atender o pedido.