Nem tomaram posse e senadores eleitos da base aliada e da oposição já se envolveram na primeira disputa na Casa: a escolha dos gabinetes onde despacharão pelos próximos oito anos, problema que a Mesa Diretora tenta resolver desde o resultado das eleições. Mesmo com critérios formais bem definidos, com prioridade aos ex-presidentes, ex-governadores, ex-senadores e portadores de deficiência, há concorrência.
O 1° secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que os gabinetes mais disputados estão no Anexo I, pelo tamanho maior em relação aos outros. Geralmente esses gabinetes são destinados aos ex-presidentes, vice-presidentes e ex-governadores. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ocupa um desses.
“Estamos fazendo as acomodações. Os problemas são menores do que achávamos. Alguns setores [onde estão os gabinetes] são considerados uma Vieira Souto, Avenida Atlântica ou Leblon”, disse o Heráclito Fortes, numa comparação com a valorização de imóveis localizados em áreas nobres do Rio de Janeiro.
O diretor-geral, Haroldo Tajra, informou que a administração faz o mapeamento dos gabinetes que estarão disponíveis a partir da próxima legislatura para distribuição. O ex-governador de Minas Gerais e senador eleito, Aécio Neves (PSDB-MG), por exemplo, reivindica um gabinete no Anexo I. Outro que tem direito é o também mineiro, ex-presidente e ex-governador, Itamar Franco (PPS).
Tajra disse que as reivindicações estão sob análise e devem ser decididas na próxima reunião da Mesa Diretora marcada para o dia 9 de dezembro. Caso, cumprido o rito dos critérios formais e permanecendo qualquer impasse entre os parlamentares eleitos, a Mesa Diretora delegará que eles resolvam o problema entre si.