De agora até o final das férias escolares, basta fazer calor para encontrar pessoas disputando um lugar ao sol nas piscinas de hotéis, clubes, ou mesmo um cantinho para estender a toalha na praia. Mas é preciso tomar alguns cuidados, já que a pele e os olhos estão permanentemente expostos.

Na opinião do doutor Guilherme Maia, do Hospital Santa Paula, nesta época do ano a ocorrência de micose aumenta, principalmente em locais em que não se exige o exame médico.

“Frequentadores de clubes, hotéis e academias devem usar chinelos até mesmo nas dependências dos vestiários, enquanto tomam uma ducha. Como cuidados gerais, todos devem secar muito bem entre os dedos dos pés e as virilhas após o banho”.

Nas praias, o grande problema de pele é o bicho geográfico. Areias frequentadas por cães têm grande potencial de contaminação. Nesse caso, a educação populacional é uma forte aliada da saúde. “Evitar andar descalço na praia, não entrar no mar quando há indicações de estar impróprio para banhos e limitar a exposição ao sol aos horários saudáveis (até 10h e depois das 16h) – sempre com proteção – são medidas importantes para aproveitar todo o verão sem problemas.

Na opinião do oftalmologista Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos, “piscinas sem tratamento, com excesso de cloro, sujeira, ou mesmo lotadas, oferecem grande risco de contaminação. Da mesma forma, praias consideradas impróprias para banho não oferecem a mínima segurança para os olhos”.

Neves ressalta que a conjuntivite é o problema que mais se agrava nesta época, podendo se transformar em epidemia até o começo do próximo ano. “Além do próprio calor, o uso compartilhado de piscinas, ou mesmo de toalhas e roupas, costuma desencadear infecções oculares”.

De acordo com o médico, tanto na conjuntivite viral quanto na bacteriana, o paciente apresenta olho avermelhado, sensação de irritação e excesso de lágrimas.

“A conjuntivite causada por bactéria, entretanto, provoca uma secreção amarelada e é comum o paciente acordar com os olhos ‘colados’. O tratamento costuma durar uma semana, fazendo uso de colírio de antibiótico. Já no caso da conjuntivite viral, os sintomas são tratados com colírios lubrificantes e antiinflamatórios, além de compressas geladas”.

Fontes: Dr. Guilherme Maia, médico coordenador do Pronto-Socorro do Hospital Santa Paula, de São Paulo. Dr. Renato Neves, oftalmologista e diretor do Eye Care Hospital de Olhos.