Ao apresentar hoje (16) o balanço do terceiro trimestre da Petrobras para os seus investidores, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Almir Barbassa, voltou a afirmar que a expansão da economia nacional em 2010 teve forte influência sobre o lucro líquido de R$ 8,566 bilhões. Esse valor representa um crescimento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ele admitiu, porém, que o resultado anunciado na última quinta-feira (11) poderia ter sido melhor se não fossem as paradas antecipadas para reparos de duas plataformas (P-33 e P-35), em agosto e setembro, para atender a uma determinação da Agência Nacional do Petróleo, e a programada de Garoupa, que geraram a queda de 1% na produção de petróleo na comparação com o segundo trimestre do ano.

Para os investidores, as explicações não convencem totalmente. Áureo Rosenbaum, do Bradesco, por exemplo, disse que as paradas não programadas das unidades “geram volatilidade no preço da ação e nas projeções do mercado e impactam a credibilidade da companhia”.

De janeiro a setembro, a Petrobras produziu 1,995 milhão de barris no Brasil, enquanto a meta estabelecida pela estatal para o período era de 2,1 milhões. Nos primeiros nove meses de 2009, a Petrobras produziu 1,963 milhão de barris de petróleo por dia, disse Barbassa na conferência por telefone com investidores.

Na conferência, o coordenador de Exploração e Produção da Petrobras, Eduardo Molinari, adiantou que a sequência das inaugurações e o fim de obras de novas unidades vão trazer uma estabilidade aos níveis de produção da companhia. Ele admitiu que as metas da Petrobras “são bastante desafiadoras” e que, mesmo sem ter atingido a meta de 2,1 milhões de barris por dia de janeiro a setembro deste ano, os níveis de produção tiveram um crescimento histórico nos últimos anos, da ordem de 5% ao ano.