Dois militares do Exército estão presos preventivamente no Forte de Copacabana, suspeitos de atirar contra um jovem que estava nas pedras do Arpoador (zona sul do Rio de Janeiro), logo após a Parada Gay, que reuniu milhares de pessoas em Copacabana (zona sul), no último domingo. Por meio de nota, o Comando Militar do Leste admitiu o envolvimento dos militares no atentado, ambos com patente de terceiro sargento: Ivanildo Ulisses Gervásio e Jonathan Fernandes da Silva.

Ainda segundo a nota, a prisão foi considerada necessária pelo encarregado do Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado para apurar as circunstâncias em que o episódio ocorreu. O fato já foi comunicado ao titular da delegacia do Leblon (zona sul), Fernando Velloso, responsável pela investigação civil.

O delegado informou que, ainda hoje, pretende levar a vítima ao Forte de Copacabana para fazer o reconhecimento formal dos acusados. O delegado já havia dito que o jovem baleado pode ter sido vítima de um ato de homofobia.

Em depoimento, a vítima contou à polícia que, depois de participar da Parada Gay, foi com um grupo de amigos ao Parque Garota de Ipanema, no Arpoador, bem próximo ao Forte de Copacabana. No local, os jovens teriam sido humilhados pelos militares quando um deles agrediu o jovem e disparou um tiro, que atingiu a vítima na barriga. A bala não perfurou nenhum órgão vital.