O presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, esteve hoje (25) em Brasília para se reunir com o diretor-presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo. A entidade quer que o governo adie em seis meses o leilão do trem de alta velocidade (TAV), que está marcado para o dia 16 de dezembro. Segundo Abate, o presidente da ANTT prometeu uma resposta do governo até amanhã (26).
“Ele [presidente da ANTT] não descartou a possibilidade, mas também não deu nenhuma notícia positiva em relação ao assunto. Mas saímos com um sentimento positivo da reunião”, disse Abate. Se não houver adiamento dos prazos, a entrega das propostas dos interessados em participar do leilão deve ser feita até a próxima segunda-feira (29).
Nesta semana, a Abifer enviou uma carta à ANTT pedindo o adiamento da licitação. O pleito tem apoio de outras entidades do setor, como o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e o Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Sindimaq).
As entidades entendem que o adiamento é necessário para possibilitar a entrada de mais participantes no leilão. Segundo o presidente da Abifer, como existem muitas entidades pedindo a ampliação do prazo, pode haver menos participantes no leilão se o calendário for mantido. “Se houver um adiamento, isso pode possibilitar uma maior afluência de proponentes”, afirma.
Abate também afirmou que o adiamento vai dar mais tempo para os interessados estudarem o edital do leilão e apresentarem propostas mais qualificadas. Para ele, a ampliação do prazo não será prejudicial ao andamento do empreendimento.
A estimativa de custo do trem-bala é de R$ 33 bilhões e o projeto já foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).