O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para o reajuste de contratos de aluguel, subiu 0,79% na primeira prévia de novembro. O resultado ficou pouco acima do apurado no mesmo período do mês anterior, quando a taxa foi de 0,75%. Segundo os dados divulgados ontem (12), pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice acumula no ano alta de 9,85% e nos últimos 12 meses, de 9,56%.
Houve aumento nas taxas relativas aos três componentes do IGP-M. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% da taxa global, apresentou variação de 1,02%, depois de ter registrado 1,00% no levantamento anterior. O índice relativo aos bens finais subiu com menos intensidade, passando de 1,55% para 1,10%.
Esse resultado foi influenciado pelos alimentos in natura, que inverteram a alta de 9,67% e registraram queda de 3,20% na primeira prévia de novembro. Já os bens intermediários, que haviam apresentado deflação de 0,25% um mês antes, agora tiveram aumento de 0,38%, com a contribuição de materiais e componentes para a manufatura (de -0,48% para 0,42%). As matérias-primas brutas também tiveram alta menos intensa e passaram de 2,07% para 1,80%, com a influência de minério de ferro (de -3,23% para -7,23%), milho em grão (13,61% para 5,03%) e aves (de 3,87% para -0,77%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que contribui com 30% na formação do IGP-M, apresentou variação de 0,39%, pouco acima do 0,31% apurado um mês antes. Duas das sete classes de despesa que o compõem tiveram acréscimo em suas taxas: alimentação (de 0,49% para 0,85%), pressionada por hortaliças e legumes (de – 4,69% para 0,87%), frutas (de -1,51% para -0,20%) e carnes bovinas (de 3,12% para 3,81%); e transportes (de -0,21% para 0,58%), influenciados pelo aumento nos preços da gasolina (de -0,62% para 1,35%) e do álcool combustível (de 0,76% para 7,91%).
Último componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que responde por 10% da taxa global, registrou na primeira prévia de novembro alta de 0,22%, acima do resultado do mês anterior, de 0,12%. A principal pressão partiu do custo da mão de obra, que passou da estabilidade observada um mês antes para alta de 0,39%. Já os materiais, equipamentos e serviços reduziram sua taxa, passando de 0,24% para 0,07%.
Para calcular a primeira prévia do IGP-M de novembro, a FGV coletou preços no período de 21 a 31 de outubro.