A vitória da candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, foi comemorada ontem (31) por líderes políticos latino-americanos. Para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Dilma vai inaugurar “uma outra página da história” do Brasil. O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que foi o “triunfo da democracia”. O governo da presidente da Argentina Cristina Kirchner, ainda em luto devido à morte do ex-presidente Néstor Kirchner, enviou uma mensagem de felicitações.
Na sua coluna semanal As Linhas de Chávez, publicada pela Agência Venezuelana de Notícias (AVN), que é estatal, o presidente da Venezuela foi poético ao citar a vitória de Dilma e o futuro do Brasil. Chávez fez a previsão da vitória de Dilma antes de as apurações serem concluídas.
“Quando o sol se põe para além da Amazônia, quando as estrelas começam a iluminar a vasta terra de Abreu e Lima [região em Pernambuco], as massas de Lula [o povo brasileiro], outro parceiro grande, outra mulher terá sido escolhida, uma patriota para liderar o novo destino do Brasil”, disse o venezuelano. “Sim, Dilma partir de hoje será a presidente. Bem-vinda, camarada.”
Morales afirmou que Dilma vai trabalhar para manter a unidade na América Latina e ampliar os vínculos entre a Bolívia e o Brasil. Segundo o boliviano, as relações políticas, diplomáticas e comerciais entre os dois países são marcadas pelo dinamismo.
As informações são da Agência Boliviana de Notícias (ABN). Para o presidente da Bolívia, a vitória da candidata do PT representa a celebração da democracia. “É um triunfo da democracia latino-americana”, disse Morales.
Em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, o governo Cristina Kirchner saudou Dilma. “[É ] tempo para desejar o maior sucesso em sua futura administração. O governo argentino expressa sua firme determinação de continuar a trabalhar com o governo e nossa nação irmã do Brasil para aprofundar a relação estreita e rica que liga os dois países. A vitória confirma a continuidade das políticas que estão sendo desenvolvidas no âmbito do Mercosul e da Unasul [União de Nações Sul-Americanas] para o bem-estar de nossos povos e da comunidade latino-americana”, diz a nota.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou ontem que Dilma vai dar continuidade à política externa implementada durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva baseada na diversificação de parceiros. Porém, o chanceler ressaltou que a presidente eleita dará seu próprio estilo.